terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma imagem vale mais que mil palavras?

por Ana Gabriela, Monique Cotrim, Veruska Sad

O filme “Sex and the City 2” que estreou em circuito nacional no último dia 28, tem como destaque o figurino assinado por Patrícia Field. Muito além de um guarda-roupa recheado de grifes famosas e peças exclusivas, o filme mostra como a moda atua como ferramenta na construção de uma identidade e como fator identificação entre as pessoas.


As quatro amigas nova-iorquinas, Carrie (Sarah Jéssica Parker), Charlotte (Khristin Davis), Miranda (Cynthia Nixon) e Samantha (Kim Cattrall), apaixonadas por roupas, sapatos e acessórios da moda, expressam claramente, através de seus estilos visuais suas personalidades e emoções. Por exemplo, Samantha, uma mulher segura, sexy e independente abusa de roupas ajustadas e sensuais, enquanto Charlotte, personagem romântica, sensível e delicada, usa peças bem femininas, que enfatizam essas características psicológicas.


Trazendo a questão para a vida real, até que ponto, o que vestimos diz algo sobre quem somos? Que mensagem passamos ao mundo quando trocamos de roupa?


Segundo a professora de história da moda, Vanessa Madrona, o surgimento da alta-costura, no fim do século XIX e início do XX, promoveu um fenômeno de psicologização da roupa, ou seja, a moda passou a informar estados emocionais, subjetividades. Por exemplo, uma roupa para quando se está alegre, outra para quando se está triste e assim por diante.

A estudante de direito, Marina Silva, 24 anos, ilustra bem essa situação, ao dizer que “a maneira como visto me condena, pois passa a mensagem de como estou naquele dia. Se estou ‘bem vestida’, com maquiagem e acessórios pode saber que estou bem, ótima. Mas se você me vir ‘mal arrumada’ sem nem sequer um gloss nos lábios pode saber que algo de ruim está acontecendo na minha vida.”


Já a bancária Carolina Lemos, diz que a escolha de peças do guarda-roupa é feita de maneira bem consciente. Cada look é montado com o objetivo de construir uma determinada imagem. Para o trabalho, uma roupa discreta e chic, para passar uma mensagem de profissional competente..Para sair com o namorado, um visual sexy, como forma de mostrar uma mulher confiante e segura de si.


Fica a dica: pense bem, antes de escolher para vestir uma peça do guarda-roupa, pois às vezes uma imagem vale mais que mil palavras.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Moda e Tecnologia

Não é de hoje que a moda e a tecnologia mantêm uma relação direta em função de melhorias no vestuário, dialogando muito além dos processos industriais de fabricação. Desde o início do uso da indumentária o ser humano vem em busca de novas fibras e novos métodos de produção visando otimizar as características dos tecidos, bem como elasticidade, resistência, maciez, capacidade de possibilitar transpiração, etc.

Além do tecido, que atualmente possue uma rica variedade de possibilidades, podendo ser natural, artificial, sintético e misto graças à grande disponobilidade de fibras hoje existentes no mercado, a indumentária também está sempre evoluindo em questões de modelagens, formas, tamanhos, cores, e, ultimamente, encontra-se voltada para a redução de danos ambientais envolvidos no processo de produção e no descarte das peças.

A tecnologia empreendida no vestuário é de extrema importância para que diversas atividades, como trabalhos que necessitam de uniformes de segurança e práticas esportivas em que o vestuário interfira na eficiência do atleta, sejam realizadas com mais facilidade, tornando a indumentária não apenas uma peça normativa ou estética, mas também de extrema funcionalidade.

A ergonomia aplicada ao vestuário é apenas uma das questões relativas à busca de melhor desempenho e adequação do produto ao usuário. O design de moda e a tecnologia também desenvolvem novas possibilidades de se pensar a sociedade e o comportamento contemporâneos, assim como suas questões estéticas, inovando nos princípios em se fazer moda, nos meios e, principalmente, refletindo sobre os fins e suas consequências, tornando tal parceria um legítimo processo humano, fundamentado na função e na linguagem.









Sobre o Glam Rock

Apresentação com fotos e textos sobre o movimento. Clique nas imagens para ampliá-las.















Sobre o Rap

O Rap teve origem na Jamaica, por volta da década de 60, quando surgiram os sistemas de som que animavam os bailes nos guetos jamaicanos. Envolto por temas como violência, sexo e drogas, o Rap explodiu para o mundo nos anos 80 após a crise econômica e social da Jamaica que, na década de 70, obrigou muitos jovens a migrarem para os EUA, onde o estilo musical obteve espaço, exclusivamente nos subúrbios.

Possuindo um aspecto popular por ser originário de (e voltado para) um público de baixa renda, o Rap possui uma sonoridade sintética e uma linguagem coloquial, muitas vezes com marcas da linguagem local.

O termo Rap se tornou popular mas na verdade é um neologismo popular para o termo rhyme and poetry, que designa o estilo por ser fundamentado nas letras das músicas, que tendem à rima com uma postura de discurso.

Da década de 90 até a atualidade o Rap se misturou com diversos estilos, principalmente o pop, deixando de lado muitas vezes suas questões críticas e sua cultura local, obtendo assim um público maior e mais diversificado.

Pertencente à cultura Hip Hop, o Rap possui uma estética e uma identidade bem definidas, assim como estilo de vida e comportamento, sendo um importante elemento de pesquisa para a Moda.






Body Art - Por uma arte mais humana

Ainda na década de 60 surge a Body Art, um movimento artístico que utiliza-se do corpo humano, às vezes do próprio artista, como instrumento de expressão e significação, tendo em vista sempre a busca pela reflexão e a subjetividade.

Sofrendo influência do Minimalismo e da Arte Conceitual, a Body Art se coloca tanto na imagem (fotografia, vídeo) quanto em apresentações públicas próximas da Performance, influenciando também formas a serem utilizadas em atos de protesto por todo o mundo.

A Body Art também se relaciona com o contexto sócio-cultural do século XX em que apresentou-se freqüente a busca pela exploração do corpo humano e de suas possibilidades estéticas, criando uma massa de jovens e adultos, principalmente no final do século XX, interessados pela Body Modification. Tatugens, piercings, alargadores, implantes e todo o tipo de alteração do corpo é, atualmente, uma importante questão dentro da cultura contemporânea e também da Moda.









Chris
Burden


















Bob
Flanagan
























Gina
Pane



























Yves Klein e suas pinturas com o corpo humano.

Sobre os principais movimentos de arte do século XX:

Arte Conceitual

No fim dos anos 50 a arte moderna se desliga completamente da retratação da realidade e, em meados da décadade 60 surge a arte conceitual, tendo como proposta a arte como intenção do artista, onde tudo pode ser arte contanto que possua uma idéia. O artista se torna um idealizador, envolvido ou não no processo de execução da obra, uma vez que sua participação se dá principalmente, ou exclusivamente, no princípio da criação e da idéia, desafiando assim o ato de contemplação da obra.
Josseph Kossuth é o principal precursor do movimento, e parte do dadaísmo de Marcel Duchamp para construir o movimento e sua questão de ter a linguagem como prioridade.


Cadeira, obra de Joseth Kossuth














Obras de Piero Mazoni


Op Art

A Op Art, cujo nome origina-se de optical art, surgiu em meados da década de 50 e defendia uma menor expressão e uma maior visualização, trabalhando-se a arte grafica e formalmente, explorando possibilidades de efeitos visuais e estéticos.
A forma, o espaço e a perspectiva são os elementos mais marcantes da Op Art, assim como o acromatismo, a experimentação visual, a geometria e as sensações de movimento.

Obras de Victor Vasarely

Obras de Bridget Riley




Obras de Yaacov Agam

Pop Art

Em meados da década de 60, fazendo frente à cultura de massa,, principalmente à cultura pop dos EUA, surge a pop art. Apropriando-se da colagem e dos elementos icônicos da sociedade industrial para construir uma arte crítica, metalinguística e irônica que desmitificaria a arte clássica por completo, tanto por sua linguagem quanto por seu processo.



Obras de Andy Warhol



Obra de Roy Lichtenstein



Obras de Tom Wesselmann

Minimalismo

O minimalismo surge após o expressionismo abstrato nos EUA, tendo como influência o Construtivismo Russo. O movimento artístisco propunha a utilização de materiais industriais usados de maneira neutra, formas geométricas simples e unitárias e uma preocupação com escala, luz, cor, superfície, formato e relação com o meio ambiente. Destaque para uma citação de Mies van de Rohe: "Less is more and God lives in details."




Obras de Dan Flavin



Obras de Robert Morris




Obras de Sol Lewitt

Concretismo e Neoconcretismo

O Concretismo surge em meados da década de 50 opondo-se ao Expressionismo, tendo como premissa acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.

O Neoconcretismo, por sua vez, surgido no Rio de Janeiro em fins da década de 1950, opunha-se ao concretismo ortodoxo. Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero obejto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro.



Obras de Augusto de Campos - Concretismo





Obras de Amilcar de Castro - Neoconcretismo