domingo, 15 de novembro de 2009

Década de 1960

Anos 1960

Um breve panorama

Nos anos 1960 os filhos do baby boom chegam à adolescência. Nasce assim a força motriz da década: a juventude. Esses jovens bem mais emancipados que os das gerações anteriores rejeitam a estrutura de vida e os valores de seus pais.

Os Estados Unidos sofrem importantes perdas; Martin Luther King, o presidente John Kennedy e seu irmão Robert Kennedy são assassinados.
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fonte:revista Manchete,1968

A juventude, agora como uma categoria representativa, vai às ruas reivindicando igualdade racial, liberdade, paz.

A corrida espacial iniciada na década de 1950 é ainda mais acirrada. Nos anos 1960, a humanidade vê seu sonho de ir ao espaço concretizado e está torna-se uma temática recorrente no imaginário coletivo.

A música, principalmente o rock, embala a juventude por toda a década. Grupos formados por jovens, como Beatles, e no Brasil pela jovem guarda, são uma “febre” sendo a principal atração dos programas de televisão.
Manchete, 1967

fonte: A moda do século XX

No Brasil a música de caráter político-ideológico ganha voz com os festivais da canção. Nara Leão e Maria Bethânia firmam o lugar da mulher na cena política. Os tropicalistas misturam fragmentos poéticos do Brasil e geram polêmica ao introduzirem a guitarra elétrica na MPB.

Em contrapartida à sociedade do descartável (do consumismo) surge o movimento hippie, uma juventude com a proposta de uma vida em comunidade, livre das tradições sociais, que prega o amor livre . Ocorre a disseminação do uso de drogas de forma diversional. O movimento não dura muito, mas entra para história.

As artes também passam por um momento de revolução. Os artistas começam a se questionar sobre seu verdadeiro significado e propõe novas formas, temáticas, interpretações. POP Art, Optical Art e Minimalismo são alguns dos movimentos artísticos que marcam a época.

Turma dos festivais. Fonte: A moda do século XX


Moda

A década de 1960 vê nascer uma moda feita para o indivíduo médio e não mais para o público exclusivo e restrito da alta-costura. Graças ao prêt-a-pôrter a moda torna-se mais democrática e acessível.

Devido ao acesso mais fácil aos produtos, a cultura do descartável entra em voga. As modas passam a ser cada vez mais efêmeras e novos materiais, como o polímero, começam a ser usados na confecção de roupas e acessórios.

A juventude pede por roupas que ofereçam liberdade, conforto, novidade; e é isto que os estilistas mais “antenados” começam a fazer.

Fonte: Enciclopédia da Moda

Na Inglaterra a moda divertida e contemporânea de Mary Quant torna-se objeto do desejo feminino. A estilista populariza as mini-saias, as meias calças coloridas e os cintos usados abaixo da cintura. Ainda neste país, a boutique Biba, da estilista Barbara Hulanicki, lança modas amplamente copiadas no mundo inteiro tornando-se parada obrigatória para os turistas que visitam Londres.
fonte: A moda do século XX

Ainda na Inglaterra, surgem os mods. Tendo Twiggy como um ícone, os jovens apreciadores do jazz moderno e extremamente preocupados com a aparência caracterizavam-se por paletós e calças ajustadas, sapatos de biqueira fina ou mocassins, camisas brancas, gravatas finas e shapes e estampas geométricas simples.

Em Paris, enquanto alguns estilistas se mantêm fiéis a alta-costura tradicional , outros começam a apostar em uma moda mais jovem e de acordo com os anseios da juventude.


Nessa linha André Courrèges é o primeiro. Seus looks dão à mulher um ar jovem e inocente. Destacam-se mini-vestidos, calças e terninhos em branco e prata, calças tubo e calças de corte enviezado, vestidos brancos ou conjuntos trapézio com detalhes em cores contrastantes, como o laranja, o azul-marinho, e o cor-de-rosa e tons de azul bem forte e as famosas botas brancas com cano até a canela. No fim da década lança catsuits e vestidos transparentes. Suas criações funcionais, futuristas e sem detalhes supérfluos rendem-lhe o apelido de estilista da era espacial. Em sua linha masculina as peças mais bem aceitas são as t-shirts, pulôveres e blusões de cores chamativas.



Fonte: A moda do século XX /Enciclopédia da Moda

Pierre Cardin também aposta no estilo cosmonauta. Encurta as saias, propõe vestidos recortados, bolsos grandes e quadrados sobrecosidos, além de vestidos com diferentes materiais. Em sua linha masculina propõe roupas mais informais,como paletós mais esportivos (por vezes sem gola), botas de biqueira quadrada e camisas de gola alta.

Fonte: A moda do século XX/ Enciclopédia da Moda

Paco Rabanne, lança botões inspirados na Op Art que fazem um enorme sucesso. Seus vestidos feitos com materiais alternativos, como papel, plástico e discos de metal marcam não só a época como também a história da moda.





fonte: A moda do século XX

A moda dos hippies marca o fim da década. Roupas de brechó, muito coloridas, étnicas, misturadas ao artesanato e principalmente o rústico compondo este estilo alternativo.

Fontes: revista Manchete/A moda do século XX




Fontes: Enciclopédia da Moda






Bibliografia básica

O`HARA, Georgina. Enciclopédia da Moda: de 1840 à década de 80.Tradução: Glória Maria de Mello Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

MOUTINHO, Maria Rita; VALENÇA, Máslova T. A Moda do século XX. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2000.

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